Festival
Ações
Literárias
O FAL (Festival Ações Literárias) chega à sua terceira edição em 2023, tendo como homenageado Olívio Jekupé, escritor e ativista Guarani Mbyá que tem mais de 20 livros publicados, o festival se transforma em FALzim para refletir sobre a diversidade de infâncias e a Literatura feita para crianças.
A terceira edição do festival literário busca apresentar a diversidade de infâncias que caracterizam a sociedade contemporânea por meio de uma programação que abarca múltiplas formas de leitura do universo infantil.
O FALzim: diversidade de infâncias é uma realização da casa de criar e do Governo do Estado de São Paulo, por meio do Programa de Ação Cultural (ProAC), da Secretaria Estadual de Cultura e Economia Criativa.
O homenageado
do FALzim
Olívio Jekupé é uma das referências da resistência indígena no Brasil. Pertencente à etnia Guarani Mbyá, ele tem mais de 20 livros lançados por diferentes editoras. Boa parte deles são voltados à infância e publicados em dois idiomas: o português e o guarani.
No FALzim, ele se faz presente ao lado da esposa, Jovinha Rehn Ga, da etnia Kaingang, e do filho, o músico Jekupé Mirim. O escritor e ativista também é pai do músico Owerá (Kunumi MC), que produziu música com o DJ Alok para o novo álbum do artista, todo dedicado à cultura indígena.
Atualmente, Jekupé e sua família residem na comunidade Kakané-Porã, no Paraná, mas já moraram na aldeia Krukutu, na região de São Bernardo do Campo (SP), onde ficaram alguns filhos. Eles compartilham um pouco dessa vivência e da infância indígena com o público do FALzim, além de falar sobre cultura, ancestralidade e, claro, leitura.
Programação
27/02
Segunda-feira
Público: Infantil (6 a 12 anos)
A pedagoga, atriz, bonequeira, escritora e contadora de histórias Akila Moreira trará ao FALzim uma oficina onde elabora, junto dos participantes, bonecos e bonecas construídos a partir de materiais diversos. A ideia flexibilizar as características dos protagonistas, elaborar a ideia de diversidade e valorizar as potencialidades de cada um.
Claro que não poderia faltar no FALzim uma contação da própria Akila, com os bonecos que deram origem à oficina, para deleite da garotada!
Público: Jovens e adultos
Cláudia Nigro é professora do curso de Letras e Tradução do Ibilce/Unesp, em São José do Rio Preto, com experiência na área de Literatura, Linguística, com ênfase em Linguística Aplicada ao Ensino de Língua e Literatura, atuando principalmente nos seguintes temas: identidade, exclusão, gênero, religião, raça, tradução e cultura. É líder do Grupo de Pesquisa Gênero e Raça do Ibilce/Unesp desde 2018. No FALzim, ela falará sobre suas vivências e refletirá sobre a relação entre Literatura e Academia para além do cânone europeizado.
Público: Jovens e adultos
Doutor em Teoria da Literatura, orientador de Escrita Criativa e escritor, Daniel Rodrigues apresenta Ailton Krenak por meio da leitura comentada de trechos de sua obra. Ailton Krenak é ativista do movimento socioambiental e de defesa dos direitos indígenas e organizador da Aliança dos Povos da Floresta, que reúne comunidades ribeirinhas e indígenas na Amazônia.
Público: Jovens e adultos
O paulistano Ademiro Alves de Sousa, que completa duas décadas de carreira na Literatura sob o pseudônimo Sacolinha, é filho de uma mulher pobre que engravidou aos 16 anos e que ainda acreditava em cegonha na época. No FALzim, ele reflete sobre o livro “Peripécias da minha infância”, sua obra voltada ao público infantojuvenil.
28/02
Terça-feira
Público: Crianças
Marajoara radicada em São José do Rio Preto, onde atua como educadora, Neny Luá apresenta a rica mitologia indígena no FALzim.
Público: Crianças
A pedagoga Ana Laura Isa, professora na área de alfabetização do projeto Social União Brasil, faz a mediação da leitura de uma obra do autor homenageado pelo FALzim: “O presente de Jaxy Jaterê” (Editora Pandabooks).
Sinopse: Kerexu tinha ouvido dos mais velhos várias histórias de Jaxy Jaterê, o protetor da floresta. Por ser poderoso, as pessoas podem fazer pedidos a ele, mas a índia não sabia como chamá-lo. Porém, sua prima conhecia o segredo e o ensinou a Kerexu. Certa noite, a índia adentrou na floresta, realizou o ritual e fez um pedido. Será que Jaxy Jaterê irá atendê-la?
Público: crianças
Ákila Moreira orientará as crianças na criação de bonecos e bonecas com materiais diversos. A ideia é flexibilizar as características dos protagonistas, elaborar a ideia de diversidade e valorizar as potencialidades de cada um.
Público: Crianças, jovens e adultos
Jornalista e escritor, Raul Marques conta com uma série de obras voltadas para o público infantil. Em duas delas, “A revolução das crianças” e “O caminho da escola”, ele apresenta aos pequenos leitores um tema sério e pesado de forma bastante sensível e criativa: os movimentos migratórios.
Público: Jovens e adultos
Escritora, professora e mestre em Educação, Denise Guilherme é a idealizadora do Clube de Leitores A Taba, uma empresa de curadoria de livros infantis. Formadora de professores e consultora na área de projetos de leitura para diferentes organizações como Fundação Itaú Social, Associação Nova Escola, Editora Moderna, Grupo Somos, entre outros. Já foi jurada do Prêmio Jabuti.
Educadora, escritora e crítica literária, Cristiane Tavares coordena o curso de pós-graduação Literatura para Crianças e Jovens do Instituto Vera Cruz e o Programa Myra – Juntos pela Leitura, uma parceria entre a Fundação SM e a CE Cedac. Atuou como jurada em diferentes prêmios literários e é colaboradora permanente da revista “Quatro Cinco Um” e membro do conselho editorial da “Zouk”. Autora de “Quintais” (2007) e “Aos olhos do mar” (2015), além de integrar a coletânea “Um girassol nos teus cabelos: poemas para Marielle Franco” (2018).
01/03
Quarta-feira
Público: Crianças
A pedagoga e artesã Rhady Molina faz a mediação de outra obra do escritor homenageado pelo FALzim: “A mulher que virou urutau” (Editora Pandabooks).
Sinopse: Esta é a história de uma bela índia que se apaixona por Jaxi, o Lua. Para saber se o sentimento é verdadeiro, Jaxi resolve colocar em prova o amor da jovem. Esta é a lenda guarani sobre o pássaro urutau, ave que possui uma diferente estratégia de camuflagem: ficar imóvel nos troncos das árvores, de olhos fechados, para não chamar a atenção dos predadores. Por meio da lenda é possível discutir a relação entre essência e aparência, valores e virtudes, além da própria cultura indígena. O livro traz o texto em português e em guarani, além de dados informativos sobre o pássaro urutau.
Público: Crianças
O pedagogo e pesquisador João Vitor Silva de Abreu fará a leitura do livro “Julián é uma sereia” (Editora Boitatá), da escritora Jessica Love.
Sinopse: Enquanto andava de metrô com a avó, Julián avistou um grupo de mulheres extremamente arrumadas. O cabelo delas era esvoaçante e em tons vivos, seus adornos reluziam, e os vestidos terminavam numa belíssima cauda de sereia. A alegria delas era contagiante. Já em casa, ainda encantado, Julián sente vontade de se arrumar como uma sereia. Mas o que será que a avó vai achar da bagunça que ele fez – e, ainda mais, o que ela vai pensar sobre a forma como Julián se vê? Um livro delicado e colorido sobre amor e, principalmente, respeito. ‘Julián é uma sereia’ ganhou inúmeros prêmios, entre eles o da Feira Internacional do Livro Infantil e Juvenil de Bolonha, categoria Opera Prima. A obra aborda com delicadeza temas como individualidade, apoio familiar e diversidade.
Público: Jovens e adultos
Professor universitário e psicanalista, Gláucio Camargos desenvolve pesquisas na área da surdez, sendo certificado pelo Exame Nacional de Proficiência em Libras - Prolibras (MEC/UFSC). Já Marcio Hollosi também é professor universitário e conta com pesquisas relacionadas à educação e surdez. No bate-papo, eles discutem a produção literária voltada para crianças surdas.
Público: Jovens e adultos
Graduada em História e Economia, Niminon Pinheiro atua como professora e pesquisadora, dedicando-se, sobretudo, às questões étnico-raciais. A partir do contato com populações indígenas, ela escreveu vários livros e até lançou um jogo de videogame inspirado nos povos ancestrais do Brasil.
Público: Jovens e adultos
Escritora, documentarista e jornalista, Gabriela Romeu é especializada em produção cultural para a infância, com mais de 20 anos de atuação em projetos que abordam temáticas infantis e desenvolvidos em diferentes plataformas. Durante 20 anos, escreveu sobre e para crianças no jornal Folha de S.Paulo, onde editou o caderno Folhinha, produziu reportagens sobre as realidades infantis do Brasil para diversos cadernos e idealizou e coordenou o projeto Mapa do Brincar (Grande Prêmio Ayrton Senna de Jornalismo-2010). Como autora, escreveu livros que criam pontes entre diferentes realidades e imaginários.
02/03
Quinta-feira
Público: Jovens e adultos
Coordenadora do curso de Pedagogia da Unilago, em São José do Rio Preto, Rosana Ambrósio fala do impacto da leitura no cérebro. Ela é especialista em Psicopedagogia, Educação Especial e Inclusiva e Neuro psicopedagogia.
Público: Jovens e adultos
Público: Crianças e educadores
Sâmia Figueiredo é pedagoga e atua como professora na Educação Infantil. Mirian Zanolini é também é graduada em Pedagogia e professora especialista do Ensino Superior, com foco na disciplina Práticas Pedagógico-Educativas. Juntas, elas mediarão a leitura de ‘Drufs’, de Eva Funari, além de conduzir uma oficina inspirada no livro.
Sinopse: Neste livro, você poderá ler certas coisinhas interessantes (ou desinteressantes), que os alunos da professora Rubi escreveram sobre suas próprias famílias. Famílias estruturadas das mais diferentes maneiras. Além disso, (se você for observador) vai perceber que, desta vez, Eva Furnari fez ilustrações diferentes e intrigantes - usou seus próprios dedos como personagens.
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Público: Jovens e adultos
Graduado em Pedagogia, João Vitor Silva de Abreu pesquisa educação, diversidade e pautas do movimento LGBTQIA+, sendo esses seus assuntos de interesse e de escrita do Trabalho de Conclusão de Curso. É bolsista do Programa Escola da Família, onde atua com projetos voltados para os eixos de aprendizagem e cultura. No FALzim, ele conversará sobre seu trabalho “Literatura LGBTQQIAPN+: contribuições para a formação identirária/empática dos estudantes do E.F.”.
Público: Adultos e educadores
Pedagoga e mestra em Ensino e Relações Étnico-Raciais, Ananda Luz tem experiência com mediação de leitura e formação de professores, além de atuar como professora da Educação Básica. No FALzim, ela conduz uma roda de conversa sobre as questões étnico-raciais e relação com a educação, sobre negritude e sobre educação antirracista.
Público: Jovens e adultos
Tiago Nhandewa, indígena da etnia Guarani-Nhandewa, reside na Aldeia Tereguá. Formado em Pedagogia Intercultural pela USP, é membro do Fórum de Articulação dos Professores Indígenas do Estado de São Paulo. Autor do livro "Quando eu caçava Tatu e outros bichos". No FALzim, ele fala sobre a infância e a juventude nhandewa, seus estudos em torno da educação indígena e os impactos da educação escolar para a população das aldeias Nimuendaju e Tereguá.
03/03
Sexta-feira
Público: Crianças
A Cia. Mandingueiras da Pracinha foi formada, em 2017, pelas contadoras de histórias, brincantes e treneis de Capoeira Angola Camila Signorini e Paula Castro. A contação “Na volta que o mundo deu” é um convite de imersão à cultura popular brasileira, à literatura oral e escrita e ao deleite de boas estórias recheadas de brincadeiras, cantorias, mexer dos corpos e expressões
Público: Crianças
Pedagoga e pesquisadora do Autismo e Esquizofrenia, Camila Mariano compartilha a leitura de “Meu crespo é de rainha” (Editora Boitatá) com as crianças no FALzim.
Sinopse: Publicado originalmente em 1999 em forma de poema rimado e ilustrado, esta delicada obra chega ao país pelo selo Boitatá, apresentando às meninas brasileiras diferentes penteados e cortes de cabelo de forma positiva, alegre e elogiosa. Um livro para ser lido em voz alta, indicado para crianças a partir de 3 anos de idade - e também mães, irmãs, tias e avós - se orgulharem de quem são e de seu cabelo 'macio como algodão' e 'gostoso de brincar'.
Público: Jovens e adultos
Formada em Ciências Sociais pela USP e em Biblioteconomia pela FESPSP, Meire Gomes trabalhou como editora e revisora de textos, e atualmente é bibliotecária escolar. No FALzim, ela apresenta a obra de Dndjak, sociólogo, poeta, roteirista e, principalmente, escritor premiado angolano
Público: Crianças, jovens e adultos
Ilustrador, escritor, designer, pesquisador, curador e gestor de projetos relacionados aos temas ambientais, identitários, indígenas, tradicionais e contemporâneos, quase sempre marcados pela diversidade natural e cultural brasileira, Maurício Negro conversa sobre as suas vivências, seus projetos e as obras em que se debruça sobre universos que extrapolam aqueles que compõem os cânones da literatura.
Público: Adulto e Jovem
Olívio Jekupé, nosso homenageado, da etnia guarani, Jovina Rehn Ga, da etnia kaingang, e Jekupe Mirim, filho do casal, conversarão conosco a respeito: da vida na aldeia Krukutu e na comunidade Kakané-Porã, sobre as suas infâncias individuais e a infância indígena contemporânea sob suas perspectivas; sobre suas lutas pela preservação da vida e da cultura indígena; sobre a escrita nativa familiar.
Individualmente, os enfoques do bate-papo serão: vida e obra de Olívio, com leitura de trechos de obra; luta de Jovina como mulher e líder da Kakané-Porã (o machismo precisou também ser contraposto na comunidade indígena), e seu livro “Casa de passagem: a luta das mulheres indígenas” (escrito junto de Olívio); e Jekupe Mirim nos contará sobre ser jovem indígena e fará uma apresentação (voz e violão) de músicas nativas.
04/03
Sábado
Público: Crianças
Contadora de histórias, educadora, atriz e influenciadora digital, Nina Brondi é uma profissional apaixonada pelas histórias que conta, lê, ouve e, principalmente, vive. Encontrou na arte de contar histórias o canal perfeito para unir suas três grandes paixões: as artes cênicas, a educação e a literatura. No FALzim, ela apresenta dois mitos indígenas: “O roubo do fogo” (mito guarani) e “A onça valentona e o raio poderoso” (mito taulipang).
Público: Crianças
Professora do Ensino Infantil e do Ensino Fundamental, Tatiane Craveiros conduz a leitura do livro “Cocarzinho Amarelo” (Editora Globinho). No livro de Yaguarê Yamã ilustrado por Uziel Guaynê, o clássico da literatura infantil ganha novos significados para enaltecer a cultura indígena. Narrado de forma bilingue, em português e em nheengatu, a Língua Geral da Amazônia, o livro traz a história de uma menina corajosa que enfrenta os perigos da floresta.
Público: Jovens e adultos
Gizele Juá Erã, indígena do povo Kariri Quixelô, do Ceará, é professora e socióloga. Já Neny Luá, indígena marajoara, é cantora, artesã e professora da Educação Infantil.
Público: Jovens e adultos
Gizele Juá Erã, indígena do povo Kariri Quixelô, do Ceará, é professora e socióloga. Já Neny Luá, indígena marajoara, é cantora, artesã e professora da Educação Infantil.
Local
Endereço
Biblioteca Municipal "Dr. Fernando Costa"
Praça Jornalista Leonardo Gomes, 1